A margem de lucro é um dos elementos mais importantes para um empreendimento. Ela determina o quanto, de fato, sobra de dinheiro para o negócio na forma de lucro. Além disso, muitas vezes ela é utilizada para precificar os produtos.
Porém, ao calcular a margem de lucro é muito provável que você cometa alguns erros. Como consequência dessas falhas, a sua tomada de decisão também sai prejudicada e há menos visibilidade sobre toda a questão.
Para evitar que tudo isso aconteça, veja quais são as 4 falhas comuns e que devem ser prevenidas!
1. Não reconhecer a diferença de margem de lucro bruta e líquida é um erro grave
Em geral, a margem de lucro é dada pela relação entre os lucros e o valor total das receitas. O conceito é bem simples, mas ele pode se desmembrar em margem bruta ou líquida.
No caso da bruta, o valor é dado em relação aos custos de produção/aquisição do produto que será vendido. Não são consideradas questões como impostos e outras despesas. Já a margem de lucro líquida oferece uma visão concreta e realista da situação, pois inclui todos os custos envolvidos na operação de venda.
Não reconhecer as diferenças existentes entre elas é um dos erros cometidos ao calcular a margem de lucro e pode gerar confusão na hora da avaliação de resultados. Além de tudo, ainda pode comprometer o reconhecimento de quais são, de fato, as oportunidades.
2. Focar em somente um tipo de cálculo diminui a capacidade de decisão
Por falar nisso, não há apenas a margem de lucro líquida e a bruta. Há, ainda, outra técnica, conhecida como mark-up.
Ela se baseia em conhecer qual é a margem para cada unidade do produto. Com isso, é necessário avaliar o lucro e os custos de cada item vendido.
Essa é uma possibilidade que oferece uma visão detalhada, de modo a identificar, por exemplo, quais são os produtos com maior margem e quais, provavelmente, estão precificados incorretamente.
Ao mesmo tempo, não dá para desconsiderar que as outras fórmulas oferecem uma importante visão geral. Por isso, quando você se atém a somente uma forma de cálculo, tem menos poder de decisão porque possui uma visibilidade muito menor sobre os valores.
3. Utilizar períodos distintos para calcular a margem de lucro atrapalha os resultados
É importante atentar-se para o fato de que esse cálculo é feito sobre um determinado período de tempo. Como nem o faturamento e nem os custos se mantém totalmente iguais, é fundamental fazer o acompanhamento contínuo dessa margem.
Porém, também é necessário que, ao calcular a margem de lucro, os períodos sejam equivalentes. Ou seja, se a ideia é usar o faturamento do mês, é preciso focar-se nos custos desse mesmo período.
Uma falha comum e grave, entretanto, é quando você usa períodos de tempo diferentes, como ao utilizar o faturamento do trimestre e os custos do ano inteiro, por exemplo. Isso gera falhas na avaliação de resultados e, potencialmente, na tomada de decisão.
4. Desconsiderar as variações dos valores distorce os resultados encontrados
Dependendo do seu modelo de negócio, é provável que os custos variem com o tempo. Os produtos adquiridos para uma distribuidora de produtos capilares, por exemplo, podem ficar mais caros com uma flutuação de mercado. Da mesma forma, firmar uma nova parceria pode reduzir os gastos necessários para concluir vendas.
Ao mesmo tempo, a geração de receitas também flutua. Fechar vendas maiores aumenta o valor, enquanto uma possível crise pode diminuir o faturamento.
Tudo isso precisa estar incluído no cálculo da margem de lucro, que deve ser refeito periodicamente. Ao não fazer a atualização de valores, você faz com que seu cálculo fique desatualizado.
Reconhecendo essas falhas ao calcular a margem de lucro, é possível evitá-las e usar esse indicador tão importante da maneira correta.
Aproveite o espaço nos comentários e conte se você comete ou já cometeu algum desses erros. Participe!