Nos últimos anos, o termo “empreendedorismo” se popularizou enormemente e passou a fazer parte do dia a dia das pessoas comuns, deixando de ser algo exclusivo de empresários e pessoas do ramo de negócios. Essa popularização do termo é explicada, obviamente, pela popularização do próprio movimento empreendedor que, por meio de diversas tecnologias e inovações, tem conseguido encontrar espaço e se consolidar num setor um tanto quanto fechado e conservador – o de negócios. No entanto, apesar dessa popularização, muitas pessoas ainda entendem o empreendedorismo de uma maneira errada ou incompleta. Por isso, no post de hoje, vamos falar sobre empreendedorismo a partir de diferentes pontos de vista, para que não restem dúvidas. Confira!
Da origem ao significado atual: um longo caminho
Apesar de ter ganhado repercussão mais amplamente nos últimos anos, o empreendedorismo não é um fenômeno recente. E para entender o que o termo significa hoje, é preciso compreender o caminho que ele percorreu. Existem algumas controvérsias acerca da primeira vez em que o termo foi utilizado. Na primeira hipótese, acredita-se que foi no século XV, na França, que o termo “entrepreneur” foi utilizado pela primeira vez para designar os profissionais com habilidades técnicas que se comprometiam a produzir e transformar recursos em lucros.
Já na segunda hipótese, supõe-se que o termo tenha surgido no século XVII, quando o economista Richard Cantillon utilizou a palavra “empreendedor” para caracterizar a pessoa que assume riscos, diferenciando-a do capitalista, aquele que apenas fornece capital. Com os processos de industrialização iniciados na Grã-Bretanha, o empreendedorismo continuou a ser associado à essa característica de correr riscos e tentar algo novo. Nos séculos XIX e XX, porém, com a fase industrial já consolidada, o conceito passou a ser confundido com o de empresário ou administrador, uma vez que os atributos de risco e inovação perderam lugar para a organização.
São as inovações tecnológicas do fim do século XX e início do XXI que resgatam o verdadeiro sentido do empreendedorismo, devolvendo a ele seus principais diferenciais: a capacidade de correr riscos e a propensão de abraçar a inovação. No Brasil, o movimento tem seu início marcado na década de 90, com uma rápida evolução e desenvolvimento até os dias de hoje.
Mas, afinal, o que é empreendedorismo hoje?
Depois desse longo caminho, atualmente o empreendedorismo tem suas características bem delineadas. Segundo um professor da Harvard Business School, Howard Stevenson, o empreendedorismo pode ser entendido como a busca de oportunidades para além dos recursos controlados. Essa definição é interessante devido a ampla interpretação que é possível fazer a partir dela. A busca de oportunidades inclui a necessidade de uma visão estratégica, que enxerga além do óbvio e do que já está dado. Ela aponta também para uma outra necessidade: a de ser ágil e destemido, uma vez que algumas oportunidades ficam disponíveis por pouco tempo, exigindo uma ação rápida, porém inteligente. Em relação ao enunciado “além dos recursos controlados”, também devemos compreendê-lo de maneira ampla, considerando que, no empreendedorismo, é preciso ter coragem e capacidade de adaptação, uma vez que o que está além do controlado é o novo e o desconhecido.
Nesse sentido, o empreendedorismo é um movimento, uma atividade realizada por mentes abertas, destemidas, estratégicas e adaptáveis, que não se contentam com o que já está feito e buscam novidades em diferentes setores, atentando-se para resultados mais efetivos para pessoas e empresas. A verdadeira apreensão do conceito exige uma compreensão por si só empreendedora, ou seja, exige uma mente empreendedora capaz de entender que o empreendedorismo não é definível no sentido de delimitável, mas que ele caracteriza a própria busca incessante, a própria superação do conhecido – é a insatisfação combinada com a ação, o fazer melhor com menos, o fazer diferente, o fazer que traz resultados, o novo fazer.
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